O saquinho das pastilhas elásticas
Uma a uma, lentamente, todas saem do pacote.
São companheiras de vida desta senhora que não quer ver o tempo. Que deixou de acreditar que é possível deixar para trás os crimes de vida que a atormentam.
Sessenta anos e alguns meses de barriga são suficientes para lhe furtar a esperança que poderia ainda existir em cada um dos seus movimentos respiratórios.
Para evitar pensar, socorre-se destas pastilhas... elásticas... modeláveis... que não se queixam dos tormentos que sofrem às mãos de cada dente enraivecido.
Ao mastigar, esquece-se do mundo. Num gesto recorrente, menor, eficazmente redutor.
São companheiras de vida desta senhora que não quer ver o tempo. Que deixou de acreditar que é possível deixar para trás os crimes de vida que a atormentam.
Sessenta anos e alguns meses de barriga são suficientes para lhe furtar a esperança que poderia ainda existir em cada um dos seus movimentos respiratórios.
Para evitar pensar, socorre-se destas pastilhas... elásticas... modeláveis... que não se queixam dos tormentos que sofrem às mãos de cada dente enraivecido.
Ao mastigar, esquece-se do mundo. Num gesto recorrente, menor, eficazmente redutor.
2 Comments:
xe ainda foxe a pastilha da moda... agora as elásticas... oh meuz amigoz...
ah ah ah
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