domingo, fevereiro 13, 2005

Contigo

De passagem pela tua rua, ouvi o sino a tocar.
Não compreendi aquele som, tão vago e penetrante.
Julguei que fosses tu a chamar-me, como de costume. Sim, podias ter sido tu, naquela manhã. Ainda me voltei, crente na tua presença. Mas acabei por não te ver além da memória.
Por todos te foste, pobre de ti, sempre rica em chama e fogo interior. Que em ti reluzirá o brilho a que me habituaste. Que de ti guardei a força dos teus olhos grandes.
Que de mim, vento esquivo, segue um resto de ti.