quarta-feira, outubro 27, 2004

Menina do Campo

A Alexandra era uma menina do campo.
Tinha um par de mamas maior do que a Estátua da Liberdade e uma crica com um cheiro tão intenso como o de qualquer tarte de maçã.
O seu corpo era desenhado pelo mais suave dos pinceis. O seu rabo fazia lembrar um manjerico bem aparado. E a sua silhueta era a maior de todas as provocações.
Mas Alexandra tinha um grande senão.
A sua cara era de vaca. E o seu cabelo de Rata.
Todos os que lhe tinham saltado para cima, apenas sentiam o seu corpo, muitas vezes recorrendo à cumplicidade de vendas eficazes que lhes tapavam os olhos e lhes permitiam aceder a uma realidade diferende, cumprindo as suas fantasias.
Um dia Alexandra encontrou a felicidade. Aconteceu quando o pai lhe pediu para tomar conta do gado. Foi surpreendida por um boi que se fez ao bife e que conquistou o seu coração.
Ainda hoje é possível ve-los a acasalar na Serra de Sintra naquelas noites em que a lua parece estar prenha.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Há sempre esperança!

Vejam "A Cabra", que está no Teatro da Comuna e perceberão!

Uma história parecida, mas com um ganso! Estejam atentos!

Beijos nos olhos,
RICARDER

12:19 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Que grande espectaculo!!! Simplesmente adorei a cabra, algo para ver e rever! (nunca esquecerei como o autor me comparou horrivelmente com esta Alexandra!) P.S. Ricarder, tu és o moço do Signer? NF

9:17 da tarde  

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