O QUEQUE
A Raquel vai à pastelaria. Procura um queque. Um daqueles com muitas maminhas tostadas prontas a serem devoradas pelo paladar sensorial de quem as vê.
O balcão está vazio, apenas se encontra ali uma cara simpática e disponível, pronta a corresponder a todas as solicitações.
Raquel – Bom dia!
Senhor Pasteleiro – Bom dia, querida menina. Então o que vai ser?
Raquel – Veja lá que estava a caminho de casa e dei por mim a pensar em queques. Como olhei para o lado e vi esta pastelaria com um ar tão agradável, resolvi entrar e tentar a minha sorte.
Senhor Pasteleiro – Pois fez muito bem. Veio ao sítio certo. Temos os melhores queques do País. Todos os feitios, paladares e sensações.
Raquel – Er… Como assim?
Senhor Pasteleiro – Ora bem, vou buscar o tabuleirinho. Uma imagem vale mais que mil palavras, não é isso que se diz?
Raquel – Sim…
Senhor Pasteleiro – Aqui tem, menina. Temos sete variedades diferentes. (Aponta para cada um dos queques, nomeando-os) Queque da Felicidade. Queque do Dinheiro. Queque da Sorte. Queque da Saúde. Queque dos Sonhos. Queque da Beleza. Queque… Normal.
Raquel – Normal?!
Senhor Pasteleiro – Sim. Absolutamente normal, como todos os outros que se vendem por aí.
Raquel – Estou indecisa.
Senhor Pasteleiro – É esse o problema de toda a gente… tudo quer, tudo perde.
Raquel – O que eu queria era um queque.
Senhor Pasteleiro – Escolha então o queque que quer.
Raquel – Olhe… não sei… acho que mudei de ideias… Boa tarde, desculpe o incómodo, sim?
Raquel dirige-se para a porta, pé ante pé, passos ligeiros e instáveis. Deixa a pastelaria, retoma o caminho que inicialmente seguia, tropeça e é surpreendida por um menino a comer a ultima maminha de um queque absolutamente normal, inchado pela felicidade que aquele sabor lhe provoca. Raquel numa ânsia brusca, como se fizesse um passo de magia, rouba a ultima maminha da mão do pequeno rapaz e corre desesperadamente em direcção ao refugio da sua inutilidade.
O balcão está vazio, apenas se encontra ali uma cara simpática e disponível, pronta a corresponder a todas as solicitações.
Raquel – Bom dia!
Senhor Pasteleiro – Bom dia, querida menina. Então o que vai ser?
Raquel – Veja lá que estava a caminho de casa e dei por mim a pensar em queques. Como olhei para o lado e vi esta pastelaria com um ar tão agradável, resolvi entrar e tentar a minha sorte.
Senhor Pasteleiro – Pois fez muito bem. Veio ao sítio certo. Temos os melhores queques do País. Todos os feitios, paladares e sensações.
Raquel – Er… Como assim?
Senhor Pasteleiro – Ora bem, vou buscar o tabuleirinho. Uma imagem vale mais que mil palavras, não é isso que se diz?
Raquel – Sim…
Senhor Pasteleiro – Aqui tem, menina. Temos sete variedades diferentes. (Aponta para cada um dos queques, nomeando-os) Queque da Felicidade. Queque do Dinheiro. Queque da Sorte. Queque da Saúde. Queque dos Sonhos. Queque da Beleza. Queque… Normal.
Raquel – Normal?!
Senhor Pasteleiro – Sim. Absolutamente normal, como todos os outros que se vendem por aí.
Raquel – Estou indecisa.
Senhor Pasteleiro – É esse o problema de toda a gente… tudo quer, tudo perde.
Raquel – O que eu queria era um queque.
Senhor Pasteleiro – Escolha então o queque que quer.
Raquel – Olhe… não sei… acho que mudei de ideias… Boa tarde, desculpe o incómodo, sim?
Raquel dirige-se para a porta, pé ante pé, passos ligeiros e instáveis. Deixa a pastelaria, retoma o caminho que inicialmente seguia, tropeça e é surpreendida por um menino a comer a ultima maminha de um queque absolutamente normal, inchado pela felicidade que aquele sabor lhe provoca. Raquel numa ânsia brusca, como se fizesse um passo de magia, rouba a ultima maminha da mão do pequeno rapaz e corre desesperadamente em direcção ao refugio da sua inutilidade.
1 Comments:
Devias gostar era de ter juizo. Que raio de comentário. A história vai muito para além disso. Interioriza a mensagem e questiona as tuas posturas... ficarás a perceber a importância de cada escolha que fazemos.
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