ANDORINHA
Maria – Gostava de ser uma andorinha.
Ana – Uma andorinha?...
Maria – Sim. Podia voar e ser feliz.
Ana – Nem todas as andorinhas são felizes.
Maria – Mas eu seria.
Ana – Não te percebo.
Maria – Ana, de que se faz o mundo?
Ana – O mundo… faz-se de ti, faz-se de nós…
Maria – Então… se o mundo se faz de nós, porque é que ele não é aquilo que queremos que seja?
Ana – Não entendo. O mundo é como nós o vemos.
Maria – No meu mundo, eu seria uma andorinha. Mas não sou uma andorinha, pois não?
Ana – Não, não és uma andorinha. Mas podes imaginar que o és. E então o teu mundo passa a existir em ti.
Maria – E poderei voar?
Ana – Se assim o imaginares.
Maria – E ser feliz?
Ana – Se for essa a tua vontade.
Maria – Então vou ser uma andorinha. Vou voar e ser feliz.
(Maria atira-se de um penhasco, de braços abertos. Ana assiste serena, esboçando um sorriso)
Ana – Voa minha querida andorinha. Voa e sê feliz.
(Ana detém-se por uns momentos e sai de cena calmamente)
Ana – Uma andorinha?...
Maria – Sim. Podia voar e ser feliz.
Ana – Nem todas as andorinhas são felizes.
Maria – Mas eu seria.
Ana – Não te percebo.
Maria – Ana, de que se faz o mundo?
Ana – O mundo… faz-se de ti, faz-se de nós…
Maria – Então… se o mundo se faz de nós, porque é que ele não é aquilo que queremos que seja?
Ana – Não entendo. O mundo é como nós o vemos.
Maria – No meu mundo, eu seria uma andorinha. Mas não sou uma andorinha, pois não?
Ana – Não, não és uma andorinha. Mas podes imaginar que o és. E então o teu mundo passa a existir em ti.
Maria – E poderei voar?
Ana – Se assim o imaginares.
Maria – E ser feliz?
Ana – Se for essa a tua vontade.
Maria – Então vou ser uma andorinha. Vou voar e ser feliz.
(Maria atira-se de um penhasco, de braços abertos. Ana assiste serena, esboçando um sorriso)
Ana – Voa minha querida andorinha. Voa e sê feliz.
(Ana detém-se por uns momentos e sai de cena calmamente)
1 Comments:
As andorinhas são mais do que nós julgamos.
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