terça-feira, outubro 17, 2006

E se...

Foi o seu primeiro beijo.
Maria, atarantada, correu dali para fora, num misto de excitação e vergonha.
O sabor nos seus lábios não desmentia o sucedido, mas antes reforçava a veracidade daquela nova experiência, tão ansiosamente desejada.
Pedro, o rapagão da turma. Todas o olhavam, todas queriam a sua atenção, qual princesas à espera do resgate sonhador de um principe caminhante.
Só Maria tinha sido a escolhida. Sentia-se especial e triunfante. Era o seu momento. Tinha sido coroada com um toque de lábios supremo, ardente, apaixonado, num recreio infantil e brilhante.
Em cada passada veloz, sentia o vento a cumprimentá-la, em jeito de homenagem. A natureza também fizera parte da sua experiência, ao assistir em fila primeira a tal troca de carícias.
Seria o inicio de um grande amor?

A vida requer experiência. A experiência requer ingenuidade. A ingenuidade requer vida.